sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PROJETO CULTURA ETNORRACIAL INDÍGENA E NEGRA

Parceira da Equipe Pró - Selo Unicef 2011 
A Escola Dr. Dirceu de Almeida Desenvolverá o

PROJETO DE CULTURA ETNORRACIAL INDÍGENA E NEGRA





PRÓ - SELO UNICEF 2011

Rosângela Gomes da Cruz
Márcia Gomes da Silva
Jeane Silva da Costa
Lafaete Ribeiro
RosielI Alves Chiaratto


CULTURA ETNORRACIAL   
   INDÍGENA E NEGRA


                                                                                   


1- APRESENTAÇÃO:

O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, e diversificada em sua identidade: é índio, afro-descendente, imigrante... Contudo, ao longo de nossa história, têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma vivência plena de sua cidadania. As culturas são produzidas pelos grupos sociais ao longo das suas histórias, na construção de suas formas de subsistência, na organização da vida social e política, nas suas relações com o meio e com outros grupos, na produção de conhecimentos, etc.
A diferença entre culturas é fruto da singularidade desses processos em cada grupo social. Tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a, é atuar sobre um dos mecanismos de exclusão, tarefa necessária, ainda que insuficiente, para caminhar na direção de uma sociedade mais democrática.
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia). Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses.
            O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural. Os africanos deixaram fortes influências na religião, na história, nas tradições, no modo de ver o mundo e de agir perante ele, nas formas das artes, nas técnicas de trabalho, fabricação e utilização de objetos, nos modos de falar, de vestir, na medicina caseira e em muitos outros aspectos sócio-culturais da nossa sociedade.
            O presente projeto trabalhará, na intenção de resgatar as culturas negra e indígena, apresentando aos alunos os costumes, tradições, hábitos alimentares e culinária típica, indumentárias e acessórios, danças e outras manifestações culturais, de forma com que eles participem de oficinas, rodas de cultura, teatros de fantoches, entre outras atividades que envolvam a temática em questão.

2 – JUSTIFICATIVA:

Este projeto contribui para o conhecimento da história, da cultura, do modo de vida de um povo, que foi e é também responsável pela formação histórica cultural e racial do nosso país, fortalecendo a auto-estima e autoconfiança de nossas crianças. A criança deve entender que somos diferentes, com características distintas. Diferenças que devem ser respeitadas, pois temos os mesmos direitos.


3- OBJETIVO GERAL:

Conhecer, valorizar, difundir e resgatar a cultura afro-brasileira e indígena.


4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Buscar ações transformadoras, por meio da arte, da cultura e da formação, para que se possa iniciar um processo de mudança e participação efetiva dos alunos e, conseqüentemente, da comunidade;

- Dar oportunidade aos alunos de participarem de atividades que envolvam várias manifestações culturais: dança afro, percussão, capoeira, teatro de bonecos;

- Desenvolver o espírito participativo, responsável, crítico, cooperativo, solidário, coletivo, e de respeito às diferenças;

- Envolver a comunidade para que se sinta co-responsável e parte integrante do projeto;

- Fomentar a compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e história próprias, igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua história.


5- METAS:

Espera-se o atendimento de aproximadamente 430 alunos, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, da Escola Municipal de Ensino Dr. Dirceu de Almeida. Ainda, espera-se que com a realização do presente projeto, o aluno conheça os grupos presentes no meio em que está inserido, seja no Estado, na cidade ou no bairro, seja na escola, e especificamente em sua classe, estabelecendo relações com o conjunto da população brasileira.
Espera-se também, que esteja familiarizado com manifestações específicas desses grupos, relacionando-se com eles de forma respeitosa e amistosa, sem comportamentos, que identifiquem o diverso como exótico.
6- METODOLOGIA:

O projeto será realizado pelos seus autores, com a participação do Prof. Francisco Tarcisio Lisboa, com inicio previsto para o mês de setembro de 2011, na Escola Dr. Dirceu de Almeida, no setor XX, em Ariquemes, Rondônia.
As atividades serão desenvolvidas para os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, nos períodos matutino e vespertino.
Os autores do projeto conduzirão uma capacitação, na forma de educação continuada aos professores da referida escola, para que desta maneira se garanta a continuidade da aplicação do projeto, tendo nos professores os parceiros responsáveis pela propagação e condução do projeto junto aos alunos.


7- ATIVIDADES PROGRAMADAS:

Criação de estórias para teatro de bonecos (fantoches);

Roda cultural, com contação de estórias e narração de histórias pelos moradores negros e indígenas;

Participação de coreografias das raças negra e indígena;

Apresentação de capoeira;

Oficina para confecção de acessórios afros e indígenas;

Degustação de comidas típicas (feijoada, acarajé, tapioca, peixes, batata assada, entre outras);

Excursão ao Museu RONDON


9- CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O trabalho cultural étnico racial deve começar cedo. A criança negra e indígena precisa se ver como tal e aprender a respeitar a imagem que tem de si mesmo e ter modelos que confirmem essa expectativa. E vencer os preconceitos da sociedade.
O projeto visa à alegria e à majestade da cultura africana e indígena; tudo como deve ser sem constrangimentos nem equívocos.
Portanto, este projeto trata-se de uma proposta construída, mas não acabada e está sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula.






ANEXO

O POVO ZORÓ

            Os Zoró se autodenominam Pangyjẽj, que etimologicamente significa “nós comemos carne moqueada” – pa=nós (inclusivo) ngỹj=mangãj/makajã=moquear. Contam com uma população atual em torno de 630 pessoas e a língua falada pertence ao tronco lingüístico Tupi, da família Monde.
            O contato desse povo com a sociedade nacional envolvente se deu no de 1977, inicialmente com os funcionários da Fazenda Castanhal que estava sendo instalada à margem esquerda do Rio Branco, afluente do Rio Roosevelt, no Município de Rondolândia, Região Noroeste do Estado do Mato Grosso, meses depois, com o sertanista da FUNAI Apoena Meirelles.
            Depois de estabelecido o contato com os funcionários da fazenda, a FUNAI fez-se presente para organizar os índios nos moldes preconizados pela política indigenista vigente. Em um território reduzido, se tornaram alvo fácil para vingança de seus inimigos tradicionais, e, em junho de 1978 foram atacados pelos índios Suruí de Rondônia, levando-os a abandonarem suas terras e irem morar com os índios Gavião no Igarapé Lourdes em Rondônia.
            O retorno à suas terras aconteceu no início da década de oitenta do Século XX após perceberem o perigo de perder totalmente o seu território, uma vez que os colonos vindos de Rondônia já o estavam invadindo. A posse definitiva da Terra se deu no ano de 1991 após intensa luta dos indígenas. Porém a retirada dos invasores não-índios que nela se instalaram abrindo propriedades rurais e construindo um pequeno vilarejo chamado Paraíso da Serra, com uma população em torno de mil e quinhentas pessoas, com instalações de serrarias, posto de saúde e outros órgãos governamentais, aconteceu no ano de 1992.

Texto de Francisco Tarcisio Lisboa

Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Dirceu de Almeida

Esta unidade escolar esta localizada na rua Monteiro Lobato setor 06 nº 3348, email escoladirceu@hotmail.com, telefone 3535-5288.
No período matutino atende de 1º ao 6º ano do ensino fundamental tendo matriculados 434 alunos, no período vespertino de 3º a 8ª série do ensino fundamental 431 alunos e no período noturno atende de 5º ao 8º ano do ensino supletivo seriado semestral/EJA 137 alunos, 40 alunos em educação especial e mais 120 em período integral

Direção
Ezio Pereira dos Santos
Maria de Lourdes Lopes Camargo

Coordenação
Aparecida Ferreira Pires
Francinete Ferreira de Souza
Mauricia Gloria Souza Fernandes
Miriam Vassoler Porpino
Nivalda Pereira da Silva

Orientação
Francisca Sheila Alves C. Pilati
Raquel Melo de Oliveira
Sandra Regina da Silva


Professoras:
1º anos: Elizabete, Gilma e Marcileide;
2º anos: Vilma, Amelia, Janilda e Ines;
3º anos: Urane, Mirian e Sandra;
4º anos: Ilsia, Mauricia e Meurilaine;
5º anos: Angela e Gislaine;
Substitutos/Auxiliares: Adriano, Sueli, Renata, Adriana e Laurindo


 Reunião de lançamento do projeto e organização do cronograma para Outubro















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